Olá! Gostaria de compartilhar um pouquinho da minha trajetória e minha visão sobre esse vasto mundo da pesquisa clínica. Minha jornada no CEPEP iniciou em maio de 2017, eu estava no 2º ano da faculdade, confesso que eu caí de paraquedas nessa história, jamais imaginei participar desse mundo, achava até certo ponto meio chato, mas acho que isso se deve ou pouco conhecimento que tinha da área, não se falava muito sobre a pesquisa clínica em si na graduação, o que eu imaginava, e o que acho que a grande maioria das pessoas imaginam, que se tratava de pesquisa de bancada, tubos de ensaio e experimentos malucos. Já no primeiro dia tomei um choque de realidade, não tinham tubos de ensaio e muito menos experimentos malucos, tinha caixas de papelão e papel, muito papel. Tudo parecia muito complicado, eram muitos estudos para decorar, treinamentos sem fim para realizar, mas depois de alguns meses foi ficando mais claro, e eu comecei a gostar da coisa, acho que a minha primeira paixão dentro da pesquisa clínica foi assuntos regulatórios, logo eu que detestava a burocracia. Por um breve momento fui analista de dados, depois assistente regulatório por um bom tempo. Em 2022 aceitei mais um desafio, assumi uma vaga de analista de estudos clínicos, é nessa fase que me encontro no momento. E a verdade seja dita, é sem dúvidas a função mais desafiadora que já desempenhei na pesquisa, costumo dizer que além de não ser fácil, ainda é difícil. É aquele “corre corre” todos os dias para que nenhum desvio ocorra e para que o principal objetivo, atendimento ao paciente, ocorra com toda excelência. Desse lado do processo aprendemos que cada dado coletado, cada procedimento realizado é sobre alguém, é preciso ter empatia com o próximo, é preciso ter paciência, é preciso saber lidar com a frustação e é preciso saber priorizar as situações. Gosto muito de uma frase de Carl Jung “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” acho que é tudo sobre isso. Muitas pessoas me perguntam com o que eu trabalho, sempre tenho certa dificuldade de explicar, para alguns soa até glamouroso, para outros entediante, sabemos que a pesquisa clínica é complexa e que é um mundo inexplorado para muitos, mas queremos que mais e mais pessoas se apaixonem pela maravilhosa pesquisa clínica como eu e meus colegas.

Fui aceita no estudo (CEPEP) em setembro/2019. Agradeço a Deus todos os dias por essa oportunidade, porque sei que se não estivesse no estudo, não estaria aqui para fazer esse relato. No CEPEP encontrei uma equipe de médicos e enfermeiros dispostos a fazer o melhor pela minha vida. E fizeram! Fazem 4 anos que estou no estudo. Ao Dr João e sua equipe não tenho palavras para expressar minha gratidão.